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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Marketing Multinível - Cresce as vendas diretas no brasil

Cresce as vendas diretas no Brasil


Com catálogos e maquetes na mão, um fabricante de colchão distribui o produto no Brasil inteiro. O mesmo acontece com uma fábrica de cosméticos, que também vende os produtos apenas na casa do cliente. As duas empresas são de segmentos diferentes. Mas, para aumentar os lucros, elas escolheram o mesmo caminho: a venda direta. De acordo com o consultor André Raduan, para vender de porta em porta, é preciso seguir algumas regras.
“É preciso criar o próprio catálogo de produtos. Dessa forma as suas mercadorias estariam expostas de forma clara para cada consumidor. Também é preciso buscar líderes empreendedores, que possam multiplicar isso e levar esse catálogo a cada lar brasileiro. Também é importante ter uma assessoria simples, contábil, de forma a garantir que ele esteja recolhendo os impostos sobre revenda”, ensina o consultor.
Desde que os sócios Francisco Garcia e Adelaide Rodrigues abriram a fábrica de cosméticos, há 18 anos, eles optaram pela venda direta.
“A pessoa pode vender um número “x” de produtos, mas ela não pode vender muito sozinha. É preciso ter parceiros e foi o que fiz”, conta Adelaide Rodrigues.
O primeiro passo foi criar embalagens bonitas e diferentes da concorrência. Só assim, os empresários conseguiram fazer catálogos atrativos, que são renovados todo mês.
“Um catálogo bonito diz muito da empresa que está por trás. Então isso é importante. Novos produtos atraem mais consumidores e revendedoras", diz Alessandro Rodrigues, gerente de marketing.
A fábrica produz 200 itens diferentes. São perfumes, óleos, hidratantes e maquiagens. Para facilitar o trabalho das revendedoras, Adelaide e Francisco montaram um kit de vendas, que custa R$ 98. Este é o único investimento que o representante terá e é a primeira oportunidade para a parceria.
"Para conseguir interagir, é natural que o consumidor conheça profundamente com quem ele está lidando”, fala André Raduan.
O que garante o sucesso deste tipo de venda é o trabalho do consultor, que vai até a casa do cliente. Para alavancar a marca, o profissional tem que estar muito bem informado sobre todos os produtos. Malu Vidigal era esteticista quando começou a vender de porta em porta. Hoje, ela tem mais de 200 clientes em São Paulo.
“Nós precisamos dar o recado rápido, mostrar o que é o produto, deixá-la mais bonita e satisfeita”, comenta Malu Vidigal.
É por causa deste atendimento que Irene de Oliveira recebe a revendedora todo mês em sua casa.
“Eu aprendo como utilizar os produtos no momento certo. Por exemplo, se é à noite, como devo fazer as massagens para colocar o produto no rosto”, comenta Irene.
FÁBRICA DE COLCHÕES
Já os empresários Edgar Rufino e Idelfonso Santos entraram para venda direta de uma forma bem curiosa. Cada um comprou o colchão para uso próprio. Eles gostaram tanto do produto que se tornaram representantes da fábrica.
“É um processo crescente no mundo todo, mas ainda pouco explorado no Brasil. Normalmente é sugestão de um amigo seu, que indica um representante. Ainda que você estranhe no primeiro momento, porque não está acostumado com isso aqui no Brasil, você certamente terá curiosidade para saber o que está acontecendo”, opina Edgar Rufino.
O investimento inicial é de R$ 500 para ter o material de apoio: catálogos e maquetes de colchões. O interessado já deve ter uma empresa aberta.
“As grandes empresas de venda direta americanas do exterior trabalham dessa forma. E a gente procura agregar qualidade de serviço e especialização do profissional que vai atender a pessoa. Ou seja, a gente presta uma consultoria na casa da pessoa”, fala Idefonso Santos.
O negócio pode parecer tentador. Mas, segundo o consultor André Raduan, antes de se tornar parceiro de uma fábrica, é preciso tomar alguns cuidados.
“A empresa que ele está se afiliando deve estar devidamente regularizada, pagando todos os impostos. Os produtos destas empresas também devem estar devidamente regularizados nos órgãos públicos e assim por diante”, alerta.
Edgar e Idelfonso já representam a fábrica de colchões há sete anos e por isso são líderes de equipe. Para treinar os futuros representantes, eles montaram um show room. O empresário passa por quatro estágios. Ele aprende tudo sobre o mercado, o produto, técnica de abordagem e vendas. Esse treinamento dura em média 15 dias e a meta de cada um dos candidatos é vender oito colchões.
“Aqui, primeiro você tem o retorno, constrói o seu mercado, para depois fazer o investimento. Então achei muito interessante essa idéia”, elogia o representante Aurélio Santos.
As vendas são feitas sempre na casa do cliente. E antes do representante partir para o negócio sozinho, ele acompanha durante dois meses um dos líderes de equipe.

Fonte: PEGN

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